Há dois dias a auto-escola me ligou informando que minha prova prática no Detran estava marcada para hoje.
- Mas, como? Ainda tenho seis aulas para fazer.
- Ah, não dá para desmarcar. Venha agora fazer as aulas.
A voz do outro lado da linha só poderia estar brincando. Ir agora?
No dia seguinte estava lá. Mudei de instrutor e revisei com bem mais segurança todos os passos cobrados no teste. Treinei das 7h às 11h e voltei para casa com uma certeza: hoje eu me tornaria uma motorista habilitada.
...
A noite de ontem foi um pesadelo. E não falo no sentido figurado da palavra. Riva - com muita tosse e uma febre insistente - sofreu a noite inteira. Eu, com a cabeça a mil, querendo obrigar o corpo a dormir. O sono só chegou após a meia noite, e veio acompanhado de pesadelos. Confusos, perturbadores. Sonhei com a prova. Senti angústia. Melhor não dormir mais...
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Levantei às 5h30 e, apesar do mau presságio da noite, não estava nervosa. Aproveitei para dormir no carro a caminho do Detran onde, mais uma vez, esperei quase duas horas para começar a prova.
Enquanto isso, a chuva castigava o Recife. Não era garoa, mas tempestade, daquelas com ventania e pingos largos fazendo barulho no capô dos carros. A roupa já estava úmida, os braços tremiam de frio e comecei a pensar o quanto seria complicado fazer minha primeira baliza oficial debaixo de um “super-toró-atômico”. Apesar de tudo: nada de medo. Preferi não procurá-lo.
Carimbaram minha ficha, apontaram o carro e segui. Quando entrei, o senti como velho conhecido. Sabia o que fazer e fiz. Manobra, curva, rampa, garagem. A minha frente, quase uma dezena de candidatos já havia entregado o carro aos fiscais. Fim de linha para eles.
A chuva cessou todo o tempo em que estive no pátio e segui o percurso com tranqüilidade. A impressão que tive é que nenhum fiscal percebeu que eu era mais uma candidata em análise. Eles me olhavam, indicavam com o braço a próxima tarefa, diziam no máximo um “pode sair”, e viravam de costas. Ninguém me julgou. Nem mesmo na temida baliza (que fiz muito mal, por sinal), ninguém reclamou. Extrapolei o tempo permitido e ainda assim o fiscal só pegou minha ficha e disse: “Seu tempo já foi e você ainda tá aí? Pode tirar o carro e ir embora”. “Agora mesmo, meu filho!”.
Estacionei o carro no pátio sem saber se havia ou não passado. Até que outro fiscal chegou com a novidade. “Pode deixar o carro aí. A carteira você pega em dois dias”. E virou-se.
A motorista segura virou menina de perna bamba, mas conseguiu sair do Detran pulando e sorrindo sozinha. A roupa ensopada da chuva.
Levantei às 5h30 e, apesar do mau presságio da noite, não estava nervosa. Aproveitei para dormir no carro a caminho do Detran onde, mais uma vez, esperei quase duas horas para começar a prova.
Enquanto isso, a chuva castigava o Recife. Não era garoa, mas tempestade, daquelas com ventania e pingos largos fazendo barulho no capô dos carros. A roupa já estava úmida, os braços tremiam de frio e comecei a pensar o quanto seria complicado fazer minha primeira baliza oficial debaixo de um “super-toró-atômico”. Apesar de tudo: nada de medo. Preferi não procurá-lo.
Carimbaram minha ficha, apontaram o carro e segui. Quando entrei, o senti como velho conhecido. Sabia o que fazer e fiz. Manobra, curva, rampa, garagem. A minha frente, quase uma dezena de candidatos já havia entregado o carro aos fiscais. Fim de linha para eles.
A chuva cessou todo o tempo em que estive no pátio e segui o percurso com tranqüilidade. A impressão que tive é que nenhum fiscal percebeu que eu era mais uma candidata em análise. Eles me olhavam, indicavam com o braço a próxima tarefa, diziam no máximo um “pode sair”, e viravam de costas. Ninguém me julgou. Nem mesmo na temida baliza (que fiz muito mal, por sinal), ninguém reclamou. Extrapolei o tempo permitido e ainda assim o fiscal só pegou minha ficha e disse: “Seu tempo já foi e você ainda tá aí? Pode tirar o carro e ir embora”. “Agora mesmo, meu filho!”.
Estacionei o carro no pátio sem saber se havia ou não passado. Até que outro fiscal chegou com a novidade. “Pode deixar o carro aí. A carteira você pega em dois dias”. E virou-se.
A motorista segura virou menina de perna bamba, mas conseguiu sair do Detran pulando e sorrindo sozinha. A roupa ensopada da chuva.
8 comentários:
Querida! parabéns!!!! agora só falta o fusquinha.
olha, devo estar aí na última semana do mês. quero que tu me pegue em casa! um beijo!!!!!
Mack.
Parabéns !!!!!!
As coisas que são difíceis de conseguir... são as que tem mais valor.
Guarda essa história para contar para os netos... rs.
Agora é só pegar a chave do carro e ganhar o mundo... rs.
Abração.
Parabéns!!!
Beijos
Valeu galera! Agora é só fazer as contas, juntar os trocados e comprar a "vítima" que vai me acompanhar no começo da carreira de motorista! :)
Beijos!
Meus pára-choques!!!!!!!!!!
Olá, adorei o seu blog. Coloquei entre os meus favoritos. Vc tem um texto muito bom.
Jandy, obrigada pela visita.
Seja muito bem vinda e volte sempre!
Dante, beijo pra tu!
Viva!!!
Agora eu vou aprender a dirigir...kkkk
Xêros:O)
Te amo!!!
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