26 outubro, 2007

A busca


Sentou no bar e pediu a de sempre
Sorveu cada gota doce que lhe passou pelos lábios
Quem dera uma vida com o mesmo sabor...
Por hora, mais lhe lembra o gelo,
Incomodando a garganta, trincando os dentes.
Bebeu tudo bem rápido,
Com a sede de quem precisa perder logo a razão
Pediu outra, e mais outra.
Ainda entendia tudo.
Cada cor, cada palavra, cada olhar fazia sentido.
Os enxergava com tanta clareza, que preferiu parar.
Foi buscar outro caminho para longe da verdade.

3 comentários:

Leonardo Werneck disse...

As vezes eu queria beber pra esquecer um pouco... mas se bebo, lembro mais, sinto que não tenho saída!!!rs

Conviver com a saudade é dose... "dose pra leão"


beijos

Mack disse...

é isso mesmo, colega Léo... quanto mais se bebe, mais ciente se fica!
Mas tu sabe, né? No teu caso, a saída é o encontro! :)

Beijo!

Germana Accioly disse...

senti um clima de "amou daquela vez como se fosse a última". Eu quando bebo muito, querida, esqueço. tenho amnésia. mas depois, quando a química liberta a mente, fica tudo como está. aprendi então a beber até o ponto em que a lucidez não se esvai...... beijo!