São tantos planos, tantos segredos, tantos sonhos, que às vezes fica difícil conversar, manter contato com quem está ao lado. Aí fico assim, meio calada, criando, vivendo minhas mentiras inúteis e inconseqüentes. Partes de meu mundo alternativo, mas que em tempos de ócio parecem tomar proporções maiores e acabam superando a realidade.
Tenho tantas crenças nas quais só eu acredito e se contar, vão me achar louca. Tenho umas idéias alucinadas sobre o futuro, mas só confesso muito bêbada, aos mais amigos – aqueles que não vão deixar de me amar por causa disso e ainda vão sorrir com tamanha criatividade. Tenho uma vida inteira para ser vivida do jeito que eu quiser, como sempre desejei, com um final feliz e a chance de refazer as cenas que não ficaram boas ou deixar outras durarem até que eu canse daquele momento.
Na vida real não é assim. Essa vida onde a gente leva chuva sem querer, despela de tanto tomar sol, sai atrasada para o trabalho, acorda cedo mesmo de ressaca e o esmalte descasca na primeira vez que lavamos um prato, não dá pra ser feliz o tempo inteiro... Na minha mente, tudo é possível!
Há uns dias ando do lado de lá do mundo. Um exercício tolo, típico de quem não tem nada melhor para fazer ou de quem não quer mesmo fazer nada além de descobrir até onde essa mulher escondida em mim seria capaz de ir. Ela é tão romântica que me assusta; tão esperançosa que me lembra uma criança, sem limites, sem medos, com força para qualquer empreitada, mas pouca capacidade de execução.
Nunca soube tão bem o que ser criança desde que deixei de ser uma. Meus segredos, sonhos e aventuras impossíveis estão todos por aqui! Ah! Deixa ficar...
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