19 março, 2006

Cada um com a sua...

Do Ás ao Rei me mandou essa corrente:

"Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que o diferenciem do comum dos mortais. E, além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do 'recrutamento'. Ademais, cada participante deve reproduzir este 'regulamento' no seu blog".

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Preciso ressaltar que esse post é, antes de tudo, uma prova de amor. Sou absolutamente contra correntes e jamais moveria uma palha para dar continuidade a qualquer uma delas. No entanto, como o convite partiu do meu marido lindo, e consegui um tempo livre para escrever, aqui estão listadas cinco das minhas manias. Para não quebrar minha tradição anti-correntes, não vou indicar nenhum blog a fazer a mesma coisa. Logo, essa brincadeira não passa daqui, se depender de mim.

Manias

Fiquei um tempão pensando em cinco manias exclusivas e até pensei que não iria encontrar. Depois lembrei que sou fixa demais para não acumular manias. O simples fato de ser “fixa” me faz ter mania de quase tudo, como sempre ir aos mesmos bares e restaurantes e, quando possível sentar na mesma mesa, sorrir para o velho garçom amigo e dizer: o de sempre.

Tenho mania de tomar cajarosca no Empório, caipirosca no Garrafus, de só beber vodka com guaraná diet, comer bifun no Xangai, sanduíche de ricota e tomate seco no Bugaloo e tempurá no Tepã. Essas manias são minhas, só minhas. Juntando todas, já passaram de cinco.

Mas como podemos diferenciar manias de hábitos? Tudo listado acima, por exemplo, percebo como hábitos. Manias são aquelas esquisitas, como roer unha até doer, jogar "snake" no celular nas horas vagas, pisar primeiro com o pé direito quando levanto da cama ou entro em algum lugar importante, beijar a medalhinha em meu pescoço toda vez que saio ou volto pra casa, e dizer “ê” pra passar o tempo e minimizar a chatice de tarefas repetitivas como procurar nomes numa agenda de celular, digitar ou procurar textos no computador, mexer panelas ou arrumar o guarda-roupa. Só que nenhuma dessas manias é só minha. Com exceção do “ê”, que deve ser feito apenas por mim e Adriana (de quem adquiri a mania), todas as outras devem fazer parte da rotina de milhares de pessoas.

Ah! Vou tentar pensar em algumas parecidas comigo, deixar de conversa mole e começar logo essa lista.

1 - Uma mania que me segue desde a época da faculdade é a de sempre – eu disse SEMPRE – ter à mão bloco e caneta. Isso vale para o dia-a-dia e se estende à praia, festas de casamento e formaturas ou a um simples encontro com a galera no bar (onde o kit é ainda mais imprescindível).

Assim, posso anotar tudo de fantástico que vejo e ouço para lembrar depois, já que minha memória não consegue fazer isso sozinha.

2 - Uma mania estranha, mas que não consigo deixar, é de dormir completamente em cima da cama. Explico. Quando deixo alguma parte de corpo pra fora, seja a mão, o braço ou a pontinha do pé, tenho a impressão de que algum ser do mal vai surgir debaixo da minha cama e puxar o membro “pendurado” – e eu junto, claro! - para algum lugar terrível e sem volta.

Apesar de ter consciência da impossibilidade disso acontecer, não consigo me sentir à vontade pra pegar no sono enquanto não estou completamente protegida e, de preferência, cobertíssima pelo lençol.

3 - A tecnologia nunca poderia ficar de fora da lista de manias de uma pessoa comum, e minha mania tecnológica é a de girar o mouse duas vezes em sentido horário sempre que pego nele.

Eu não havia percebido, mas desde que minha chefe observou e me contou, fico atormentada, querendo me controlar pra não fazer e não consigo! É involuntário. Eu fico digitando, digitando... e quando vou pegar no danado do mouse, rodo ele de novo. Acho que isso deve ter surgido em algum desses micros onde o mouse estava imundo e eu precisava sacudir pra ele pegar no tranco. Bem, é só uma suposição. Seja lá qual for a real origem da mania, o importante é que ela está aqui, e não consigo mudar.

4 - Ah! Eu converso MESMO com os bichos na rua. Claro que há os contatos mais freqüentes, como cachorros e vacas. Mas se outras espécies derem bobeira, vou pra junto também.

É mais forte que eu. Se eles passam do outro lado da rua, já estou atravessando pra dar um cheirinho ou pelo menos alisar a cabeça do bicho. Independente de raça, tamanho ou estado de limpeza, eu vou me aproximar. Por uma questão de sorte, ou empatia natural, nenhum nunca avançou. Acho que eles gostam da minha voz especializada em diálogos com animais. Quem menos gosta dessa mania é o meu marido que, quando não consegue evitar o “agarrado”, já vai gritando: na boca não!!!!!

5 - E por falar nele... Aí está minha maior mania: o meu Ás, o meu Rei.
Mania de coçar sua cabeça até ele dormir e de procurá-lo ao meu lado assim que acordo. Mania de sentir saudade quando ele fecha a porta ou se despede, e de mandar mensagens de “te amo” no meio da tarde. Mania de fazer carinho e cócegas, de beijar manso e cheirar o cangote. Mania de fechar os olhos quando ele encosta no meu rosto e de sorrir ao ouvir sua voz ou nome. Mania de acreditar que ele é o amor da minha vida e que tudo isso será eterno. Mania de achar ele o melhor músico, o melhor escritor, o melhor marido, o melhor cozinheiro, o melhor contador de histórias e o maior dos “enrrolões”, porque me faz acreditar de verdade nisso tudo, e amá-lo ainda mais.

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