21 junho, 2009

Sai amargo entra doce


Ganhei bom humor de presente
embrulhado num papel brilhante
Regalo de riso fácil.
Alegria nas coisas pequenas.
Dente dormente. Coração quente.
Coceira nos ossos e cotovelo.
Bom humor que faz rir até chorar
lágrimas grossas, vastas, pesadas.
Depois vê ácaro virar planeta pela fresta no quarto.
circulando velozes e reluzentes no universo.
Respirar. Ofegar. Entupir.
Lá se foi meu nariz e, com ele, a euforia.
Ficou o verbo: "nós precisamos"
desaparecendo aos poucos sem nunca acabar.
E no abraço amigo, o esperado sono chegou.
A mente inquieta pede descanso e adormece verbo
conjugado até o amanhecer.

Nenhum comentário: