Escrevi palavas com sabor adocicado pra contar uma história que anda amargando meus dias e consumindo meus sonhos na última semana.
Fui demitida da Câmara.
Cargo político sem concurso é assim mesmo. Sabia que mais cedo ou mais tarde seria a hora de partir para outra. Só não esperava que fosse desse jeito. Torto. Injusto. Obscuro. Mas foi! E se foi, é hora de levantar a cabeça, comer muito chocolate até domingo e recomeçar um nova vida na segunda-feira.
Chorei bem menos do que gostaria. Não falei palavrão. Não dei um grito. O resultado disso é que somatizei a porcaria desse sentimento de perda e acabei ficando muito doente. Meu corpo inteiro dói. Os olhos ardem. A boca fica seca e leva um contínuo gosto amargo. A garganta arranha. O nariz entope. Melhor dizer que é gripe. "já já passa".
Soube da notícia na terça-feira passada, mas durante todos esses dias alguns vereadores e minha diretora (Germana) vêm tentando reverter a decisão tomada por apenas um. Sim! São 36 vereadores, um deles me demitiu e dizem que não podem fazer nada quanto a isso. Ah! E pasmem! Esse um não é o presidente da Casa! Interessante, não é?
Depois de tantas tentativas, percebi que por mais persistente que eu seja, não posso lutar contra algumas coisas. Ou melhor, posso até lutar, mas vencer é outra história... Estou indo agora rumo à última cartada. Consegui falar com ele para que o próprio me justifique, cara a cara, as razões da demissão. É provável que nada mude, mas uma super-brasileira não desiste nunca! E eu preciso dessa conversa pra trancar bem trancada a porta de minha passagem pela Câmara.
De antemão, comunico que estou à disposição do mercado de trabalho, e com muita certeza que o próximo emprego vai chegar mais rápido do que imagino...
P.S.: Na foto, Germana, Cata e eu, na minha despedida, sexta-feira.
Um comentário:
e aí, amiga?!
quero saber notícias suas!!
":)
bjosssssssss
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