03 junho, 2006

Madrugada


No meio da noite, um suspiro de alegria
um sorriso quase irônico, mudando a face que já nem se reconhecia.

No meio da noite, um braço inesperado
velho conhecido, me enlaça e me faz dormir em paz.

No meio da noite, segurança
a paz rondando meus sonhos, dizendo que não me abandonou.

Também comigo, o medo do sol nascer
e ser obrigada a despertar e me redescobrir: sozinha.

Amanhã nada vai mudar.
Não terei um cúmplice, um amor, um ombro.

Amanhã tudo volta a seu lugar.
Inclusive eu.

Madura pra brincar de ser moderna
mas não o suficiente pra ser feliz sozinha, no meio da próxima noite.

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