A cabeça vazia, de tão cheia.
Tempo amargo, boca seca,
embate de mim, entrave.
Eu, melancólica.
A primeira a acordar dos sonhos.
De castelo de nãos, no reino da espera.
Melancólicas frustações; sadismo e acidez.
Batendo o mesmo prego em espumas, os olhos irritados.
Eu, tola e intolerante.
Agora, sem pressa; sem pressão.
Vagando na rua em noites de chuva
Sem porto, sem abrigo.
Eu, arrogantemente ridícula e muda.
Incógnita, indecifrável, oculta.
Sorriso escondido por trás de palavras caladas.
Olhar desviado, temendo ser lido.
Eu, sem eu.
O caos buscando a luz.
Mas ainda escrevendo...
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