
Longe de minha vista ou distante de meus desejos
Pra não me deliciar com pecados, nem morrer por eles.
Demônios que mandam eu pular da varanda
Que me fazem temer o poder de uma criança na rua
Que jogam meus restos na mesma rua
Demônios que dão preguiça e confortam no ócio
Que pedem mais uma dose, mais um trago
Demônios fortalecidos em alucinações e angústias
Demônios que maltratam meus desafetos
Demônios que gritam na minha cabeça
E não me deixam dormir até tarde, nem lembrar dos meus sonhos.
Demônios que assassinam anjos
Apagam a luz das risadas
Empestam a mente de vermes e traças
Perseguem, corroem.
Fazem pensar ser partes sujas de mim
E que meu poder de amar é finito; mas o de tudo poder, não.
Mentirosos, insolentes, traiçoeiros, traidores
Vingativos, rancorosos, temidos e temerosos
Fingem ser eu nas horas que esqueço quem sou
Demônios projetados, esperados
Prontos pra me receber e me dominar
Demônios combatidos todo dia.
Demônios vencidos, pelo menos hoje.
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