12 março, 2009

Autoterapia


É como uma cena de filme de ação. Aquela de Matrix. Eu sozinha, sou o Neo, afim de ficar em paz e seguir o meu destino, quando acabo surpreendida por um inimigo que tem sempre a mesma cara e não para de se multiplicar. Renasce dele mesmo para me enfrentar. Sozinha.

Enfraquecê-los e derrubá-los, um a um, é a única coisa a fazer. Um trabalho diário e cansativo, carente de vigilância e força de vontade.


Realizá-lo é motivo de orgulho e, sim, paz, muita paz ao perceber que estou vencendo a batalha contra minhas neuroses e medos infindáveis.


Quando sinto que o ciúme, a maldade, a mentira, o passado e o futuro, o medo, a solidão, a falta de expectativas - mestres do meu tormento - estão levando uma surra da minha capacidade de viver o presente.


Esse é o grande segredo (descobri há pouco). Manter a cabeça ao lado do corpo, vivendo as alegrias e os problemas de cada dia. Assim, tudo é leveza. Parar para pensar no futuro é como ser ferida de guerra e perder a luta.


Sonho acordar sem medos, me livrar de tantas sequelas, ser sã, equilibrada, justa comigo mesma. Uma mulher melhor, como estas que andam pela rua, mas eu desconheço.


E enquanto esse dia não chega, sigo a peleja de cada dia. Um coração ansioso por paz, brigando sozinho contra um ego doente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quando você descobrir o tamanho do seu poder, este que te faz exemplo de muitos, bastará que se olhe no espelho para encontrar aquilo que você supõe que mulheres desconhecidas na rua carregam, amiga. Te acho muito grande. Um beijo.