13 novembro, 2008

Espaços


Por aquele corpo, mil mulheres passaram
Nada dele é mais segredo.
Todos os pedaços descobertos,
Poucos arrancados.

Aventuras, desventuras.
Não lembra o nome, o rosto,
Quando chegaram ou saíram -
Tão rápido.

Mas algumas ficaram.
Pedaços na lembrança, esperança, alimento.
Outras, companheiras, dia-a-dia, brinquedos de fazer feliz.
Umas, tirando o sono,
Outras, o pondo a dormir.

Das mil, sobra-lhe pouco,
O suficiente para provar que, sim,
O corpo tem coração.

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Naquele corpo, mil mulheres habitam,
Às vezes doces, outras, amargas.
Todas juntas, sem nunca se ver.

Um corpo vivo, cheio de defeitos,
Carregando uma alma em brasa
Capaz de arrancar das trevas o pior dos degredados.

Naquele sorriso, a personificação do pecado
e a cura de grandes males.
Naquele toque, o pulsar da tentação
e a serenidade para todas as inquietações.
No olhar, o desejo de mudar de lugar
e a segurança de não precisar mais ir além.

Um corpo, uma escala, um porto.
Uma só mulher que, sim,
Tem mil corações.

5 comentários:

Germana Accioly disse...

ai que lindo!
que coisa mais especial!
beijo.

Mack disse...

Demorei a identificar. kkkk mas foi massa matar as saudades da tua voz, minha amiga...

Te amo!

Leonardo disse...

Uau!

Anônimo disse...

Envolve em mil corações todos os versos. :)

Abraço,

R.Vinicius

Srta. Anacleto disse...

Lindoooooooooooooooo