08 março, 2007

Loucura


Dia da Mulher não dá pra passar sem pensar. Mas dessa vez, quis fazer diferente. E pensei em quando me tornei uma mulher. Definitivamente, não foi quando perdi a virgindade. Desde aquele dia, ainda me mantive uma menina por anos... Também não foi quando conheci a dor, nem a felicidade (se é que já as conheço, de fato).

Às vezes acho que me tornei mulher no dia em que resolvi enfrentar a proibição de Fábio e tocar alfaia. Outras vezes, penso que foi no dia em que tomei coragem de sair da casa dele, coloquei todas as minhas coisas num táxi e nem chorei. Pela primeira vez me senti forte, madura, louca o suficiente para ser uma mulher de verdade, com coragem para dirigir minha vida dali em diante.

Hoje sei que sou mulher. E penso que isso exige um pouco de pimenta, outro tanto de insanidade e muita, muita fé. Entre tantos ingredientes, esses talvez sejam o que mais fazem de mim essa mulher, blogueira, apaixonada, incansável!

Ah, o texto abaixo é de Anais Nin, uma escritora francesa, famosa pela publicação de seus diários. Pela semelhança de idéias, garantiu seu lugar no post de hoje.


O ímpeto de crescer e viver intensamente foi tão forte em mim
que não consegui resistir a ele. Enfrentei meus sentimentos.
A vida não é racional; é louca e cheia de mágoa.
Mas não quero viver comigo mesma.

Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal.
Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos,
Beber um Benedictine ardente.

Quero conhecer pessoas perversas, ser íntimas delas.
Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela.
Eu estava esperando.

Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro.
Todo o resto foi uma preparação.
A verdade é que sou inconstante,

Com estímulos sensuais em muitas direcções.
Fiquei docemente adormecida por alguns séculos,
E entrei em erupção sem avisar.

Um comentário:

Princess Deluxxe disse...

querida, vc sempre foi mulher, daquelas q chamam 'mulher de verdade'. e sempre foi menina tb.
talvez todos esses passos tenham me mostrado o qto vc começou a se entender e se respeitar - tanto nos momentos de menina, qto nos momentos de mulher.

muito bjosssssss
Maíra